quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Os medos e o parto

É preciso enfrentar os medos. É preciso entregar-se. É preciso viver.
Fonte: Google Images


Não importa as escolhas feitas durante a gestação; a mãe deve enfrentar seus medos. E nada melhor que um parto redentor para superá-los. Isso não quer dizer que a via de nascimento é o que importa. Isso quer dizer que a postura da mãe (e também do pai) diante dos fatos é o que importa. É empoderar-se do corpo. É assumir as responsabilidades. É estar a frente das decisões. É encarar os medos com confiança. 
O medo é um elemento natural, afinal, não somos capazes de prever o que irá acontecer no momento do parto. Porém, o parto torna-se muito mais fácil quando há confiança e a resistência de tentar controlar os fatos é deixada de lado. A espontaneidade e a flexibilidade (a capacidade de fluir com o momento) favorecem o parto. Em algum nível interior, a mãe pode estar abrigando temores ou expectativas, que são obstáculos para sua capacidade de confiar e relaxar no momento do parto. É absolutamente essencial ter confiança e amor pelo corpo.  Os medos são naturais e normais. A mulher estará diante do desconhecido, mas é preciso entregar-se. Ela deve deixar os medos aparecerem, se necessário for, mas também deve deixá-los ir embora, afirmando a confiança que deve ter em si mesma. Esses medos serão trabalhos num plano muito mais profundo se deixados fluir nas transformações do parto.
Aprender a relaxar e entrar em sintonia com o próprio corpo são os primeiros passos para identificar os medos, que são uma resposta instintiva às ameaças à sobrevivência (lutar ou fugir). Porém, esses medos dificilmente são acessados de uma forma palpável, e daí se faz a necessidade de entregar-se e viver o momento. As resoluções acontecem por si só quando se permite. Antes do parto é importante refletir sobre angústias e ansiedades. Medos não-resolvidos podem sustentar uma tensão que aprisionam o processo natural e fisiológico do corpo. É preciso soltar-se. Há técnicas que ajudam no relaxamento, como a visualização, massagem, meditação, diálogo e até redação.
É importante lidar com os medos. E reconhecer que eles existem. Mas através da confiança no corpo, na natureza, na sintonia entre mãe e bebê os medos são enfrentados e vão embora, dando lugar a tranqüilidade e harmonia.

Um comentário:

  1. Muito bom, hoje eu estava falando muito disso com uma amiga, a coragem diante do desconhecido... é uma das poucas oportunidades que uma mulher tem na vida para uma entrega total a seu corpo e a vida em si...

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