quarta-feira, 17 de abril de 2013

Compartilhando: "O Nascimento da Casa Mãe"


por Nitiananda Fuganti
E nasceu a Casa Mãe! Gestação turbulenta, trabalho de parto rápido, parto natural, amamentação estabelecida na 1ª hora! Um ambiente repleto de ocitocina; Pai e Mãe felizes e satisfeitos!
Seria exatamente assim se fossemos comparar o trajeto da Casa Mãe até o momento com o processo de parto.
A idéia começou muito antes de pensarmos na possibilidade real de montarmos um espaço de apoio a gestantes e Mães. Primeiro foi só aquela viagem ao mundo dos sonhos, com o local ideal, com os parceiros perfeitos, com um trabalho tranqüilo e gratificante. Tudo devidamente encaixado na nossa vida de Pai e Mãe. Ilusão, talvez.
Eis que um dia alguém muito especial em nosso caminho de mater/paternagem nos impulsionou e disse “Ué, mas se é uma vontade do coração fazer algo assim, então façam! Comecem!” Puxa vida! Simples assim? “Não, não é simples, mas se for sério vai valer a pena”.
Então fomos, eu e Raul na grande saga de falar com todos aqueles que poderiam nos apoiar, trabalhar conosco para a construção de um espaço de atenção e acolhimento a gestantes e Mães. Muitos nos apoiaram em palavras e ações, e muitos também apenas gostaram da idéia, nos apoiariam desde que não precisassem agir ativamente na construção desse sonho que seria de todos. Um sonho compartilhado, que era cultivado no coração de muitos e que nós demos a cara a tapa para realizar.
Começamos a busca por um lugar bacana, pensamos numa logo, pensamos nas atividades, pensamos, pensamos, corremos e nos desdobramos para fazer acontecer.
Decidimos transformar o sonho em algo mais abrangente, que pudesse servir de incentivo e apoio ao desenvolvimento familiar como um todo, não só na gestação e maternagem, mas também nas questões relacionadas à sustentabilidade familiar, ecopedagogia, cultura da infância. Em outras palavras queríamos abraçar o mundo para transformá-lo, achando que isso era possível apenas com a nossa tremenda boa vontade e dedicação. Era a Casa Vivà.
Começamos a funcionar e de repente nos demos conta de tinha muita coisa errada. Trabalhávamos demais, nós e alguns poucos que foram fundamentais em nossa trajetória, e não nos sentíamos reconhecidos, gratificados. Sentíamos-nos exaustos, estafados, isso sim! A coisa não era simples, nem um pouco.
A constatação exata desses erros foi quando a Beatriz ficou doente, doente de verdade, com pneumonia, indicando nada mais nada menos que estava triste, muito triste, sentindo-se sozinha, desamparada. Absurdo! Afinal, nos propomos a auxiliar a manutenção da saúde física e emocional de tantas Mães, bebês, famílias, como pudemos deixar que a doença acometesse a nossa família desse jeito?!
Paramos. E assim ficamos parados. Por alguns meses. Meses de entrega à nossa filha que tanto precisava de nós. Esquecemos internet, deixamos a casa de lado, evitamos chateações. Nosso foco era ela. Foi um período bastante difícil, intenso, cansativo, mas pudemos nos conectar novamente com aquela que foi a grande chave para nossa transformação enquanto seres humanos, nossa filha!
Nesse tempo descobrimos que estávamos a espera de nosso segundo Anjo de Luz. Aí entendemos que o sinal da Beatriz, a expressão de sua doença, não foi só por ela, foi por seu irmão que ela, muito antes de nós, já sabia que estava a caminho. Um serzinho tão pequeno se doando física, emocional e espiritualmente ao conserto de sua família. É muita bondade, é perfeita demais!
Vivemos então em nosso mundo de quatro pessoas vagando pelo desconhecido. Buscando respostas dentro de si, procurando alternativas, experimentando todos os sabores da vida: doces, amargos, azedos e delicados. E fomos reformulando nosso sonho, dando sentido à ele, permitindo que todas as sensações nos viessem ao coração. E vieram muitas, inclusive a de que era pra deixar tudo de lado. Mas passamos por isso porque precisávamos antes de mais nada entender exatamente o que queríamos. E entendemos. Queríamos oferecer informação, acolhimento, atenção e apoio a gestante e mães para que o exercício da maternagem pudesse ocorrer de forma feliz, saudável e prazerosa, cheia de presença crítica, ativa e consciente!
Uau! É isso mesmo! É isso que queremos!
E foi aí que a Casa Mãe entrou em trabalho de parto.
Depois dessa gestação conturbadíssima, cheia de percalços, o trabalho de parto começou suave. Obviamente as ondas de energia vinham e iam embora, a sensação de dor era intensa, mas muito suportável. Respirávamos e deixávamos fluir. Algo ia embora para deixar algo novo nascer. Foi possível dormir e relaxar em vários momentos. Quando a fase de transição realmente começou, houve de fato uma exteriorização tremenda, uma força arrebatadora, tremores, até que foi possível perceber que estava mesmo nascendo. Nascendo em nossos corações o sentido que tanto buscávamos. O período expulsivo foi rápido, rápido mesmo, tão rápido que foi até inesperado. Quando vimos, já tinha nascido! Em casa! De parto natural, desta vez sem intervenção, banhada de amor e respeito.
Acolhemos, colocamos no peito e agora amamentamos a Casa Mãe com amor, calor e entusiasmo para transformar o mundo através do respeito à mulher, ao parto e ao nascimento, ao bebê e a criança. Agora contamos com pessoas que nos incentivam e nos ajudam a compreender o nosso caminho para desta vez fazer tudo dar certo. Não vamos repetir os mesmos erros, vamos usá-los como um rico aprendizado. Colocamos os pés no chão, vestimos as roupas de guerra, e vambora usar as armas de paz para lutar pelo que acreditamos.
Assim, com tudo nos eixos, doamos nosso leite para todos que necessitam de nutrição e acalento, para todos que buscam um colo seguro e confortável para se firmar, para todos que quiserem fazer a diferença na arte de maternar. Para todos que quiserem, em nossa companhia, construir um mundo melhor!
Porque leite de Mãe nunca é insuficiente!
Nascer Sorrindo
Fonte: Google Images

domingo, 20 de janeiro de 2013

Massagem para aliviar dor nas costas

A imagem abaixo foi compartilhada no Facebook e mostra exercícios fáceis e muito úteis para o alívio de dores nas costas durante a gestação (e fora dela também).
A terceira bateria de exercícios, aquela que utiliza bolinha, pode ser feita por toda extensão das costas, principalmente na região dos ombros e lombar/sacro. É muito relaxante e aconselhável inclusive para mães que amamentam (e para todas as outras!).
Vamos lá! Exercite seu corpo e relaxe!


quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Menstruação: uma possibilidade de conexão com a Vida


Por estar vivenciando a plenitude de uma gestação, a bênção máxima de nosso sagrado feminino, venho estudando como podemos aproximar as mulheres de sua essência, mesmo vivendo num ritmo moderno acelerado, objetivo e racional. Reconhecer e honrar o Sagrado Feminino, seu poder e força, é tarefa árdua. Requer auto-análise, auto-crítica, e uma busca constante por conhecimento e o despertar da consciência.
Numa destas minhas buscas, conheci um site interessantíssimo sobre o mundo supra-sensível da mulher "El dedo en la llaga". Acessem, vale muito a pena!
Abaixo segue um dos textos que fala sobre a menstruação e a possibilidade de conexão com a vida.

Como conciliar e aproveitar os benefícios da menstruação no mundo moderno?

Donzela, Mulher e a Anciã
A Síndrome ou Tensão Pré-Menstrual (TPM) é uma consequência de não respeitar o nosso corpo e sua necessidade de subir e baixar como as marés. Não servir a nossa necessidade de descanso. A menstruação é um tempo sagrado que a nossa cultura não honra.
A informações menstrual é reflexiva e intuitiva. Nos transmite sonhos, desejos e emoções.
Quando bloqueamos continuamente essas informações porque a nossa sociedade só valoriza o que podemos compreender racionalmente, ela retorna como TPM.

Para conhecer todas as informações que o ciclo menstrual nos dá e, assim, usar as suas energias criativas, ativas ou reflexivas, aplicamos a três "C": Consciência, Conhecimento e Compromisso:

1. CONHECIMENTO: devemos elaborar um diagrama lunar que é simplesmente manter um registro diário do seguinte:
• Dia do Ciclo
• Fase da Lua
• Sonhos: conteúdo e possível mensagem
• Sentimentos: em que estava de ânimo nós estamos
• Tipo da sexualidade
• Saúde, tipo de energia vital

Você pode pesquisar na internet "DIAGRAMA LUNAR" ou "THE MOON DIAL" (Miranda Gray).

2. CONSCIÊNCIA: refletir sobre esta informação, compará-la por vários meses, tornando consciente de como a nossa energia e sensibilidade varia de acordo com as fases do ciclo.

"Os sonhos, a criatividade e os hormônios envolvidos nas diferentes partes do ciclo nos oferecem uma grande oportunidade para aprofundar a nossa relação com o nosso saber interior"
Miranda Cinza

3. COMPROMISSO: aplicar esta nova sabedoria em nossas vidas diárias. Comprometer-se a ouvir e respeitar o nosso corpo: descansar, dançar, chorar.

"Uma mulher que percebe que seu ciclo é energia inerente a ela também aprende a perceber um nível de vida que vai além do visível. Mantém uma ligação intuitiva com as energias do nascimento, vida e morte, e sinte a divindade dentro da terra e de si mesmo .... "
Miranda Cinza

Eu acredito que o exercício é descrito como muito poderoso em si mesmo, porque vamos nos conhecer melhor, podemos  nos beneficiar deste conhecimento e vamos nos sentir mais conectados com a vida.

Outros autores, como Alejandro Jodorowsky (o famoso criador da Psicomagia) também fazem uso terapêutico do sangue menstrual: usam-no para pintar quadros quando o paciente tem problemas de autoestima, etc.

Disponível em: http://wordpress.eldedoenlallaga.com/category/menstruacion/
Neste link tem outros textos complementares a este que foi compartilhado e são igualmente interessantes.

E viva nosso Sagrado Feminino! Honra-o!


terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Video: Parto Consciente

Quando estava grávida da Beatriz, nesta mesma época, assisti inúmeros videos de parto natural, humanizado, consciente. Li muitos textos, artigos, livros. Participei de encontros de gestantes, yoga e preparação para o parto ativo, workshops, oficinas, meditação. Mas com certeza o que mais marcou foram os videos, pois eles contêm toda magia, emoção e simplicidade de um parto. O video a seguir foi um dos principais, um dos mais emocionantes tanto pelas imagens quanto pelas palavras. Foi um impulso para o despertar da minha consciência. 
Prepare um maço de lenços porque com certeza as lágrimas rolarão!
Deleitem-se! É lindo demais!


Cuidado suave, delicado, amoroso e respeitoso. Toda família merece parir e nascer com esta atenção!
"Consciente de que a sensação de segurança dos primeiros minutos o acompanharão por toda vida. Consciente de que seu primeiro olhar marcará sua forma de ver o mundo."

"Para mudar o mundo o é preciso primeiro mudar a forma de nascer." Michel Odent

sábado, 5 de janeiro de 2013

Ervas para alívio das Cólicas Menstruais

Hoje o post é curto, mas com certeza muito útil para quem sente cólicas menstruais. A dor sentida por milhões de mulheres é em decorrência da contração do útero para liberação do sangue lunar em resposta a um hormônio chamado prostaglandina. Além disso, a região pélvica recebe maior aporte sanguíneo durante o período menstrual, o que intensifica a sensação da dor.
Tradicionalmente existem ervas utilizadas pelas mulheres ao redor do mundo para aliviar as dores das cólicas menstruais. Abaixo seguem duas receitas bastante eficazes:


Mix da Mulher em Lua

500 mL de água fervente
Erva base: 1 colher de sopa de Camomila
1 colher de sobremesa de
Framboesa
1 colher de sobremesa de Melissa ou Cidreira
1 colher de sobremesa de Jasmim

c/ raspas de gengibre
uma pitada de mel se quiser adoçar (adicionar o mel apenas quando for beber)

Este é um chá bem feminino, eficiente e de efeito duradouro. Pode ser tomado várias vezes ao dia, não excedendo o limite de 1 litro por dia (ou seja, duas receitas). 

A segunda composição é mais simples, porém mais forte e deve ser tomado com cautela:

200 mL de água fervente
1 colher de sobremesa de
Artemísia ou Losna
1 colher de sobremesa de Lavanda

c/ raspas de gengibre
uma pitada de mel se quiser adoçar

O efeito deste chá é rápido, quase imediato, mas dura pouco. Por isso é aconselhado a ingestão antes de dormir, quando o corpo está mais relaxado. Deve ser tomado apenas nas crises mais agudas, não excedendo o limite de duas xícaras (400 mL).

O Chá Mix da Mulher em Lua e outros podem ser adquiridos acessando o link http://maternabebe.blogspot.com.br/p/ervas-e-chas.html  

Espero que gostem e que façam bom uso da Medicina da Natureza!
Aho!

Em homenagem à Ana Paula Robert e sua filha! Beijos com carinho! 





sábado, 29 de dezembro de 2012

Eu amo minha cicatriz!

Hoje o dia tá produtivo no sentido redacional, porque estou tendo um momento solteira e sem filhos, curtindo a solidão lendo os livros que estavam aguardando um momento só pra eles, escrevendo coisas que há tempos queriam ser postas em palavras.

Vou aproveitar então para dedicar alguns minutos à minha amada cicatriz!

Aquela fruto de uma cesárea indesejada, desrespeitosa, mas que trouxe minha filha para meus braços!
Ela foi a porta de entrada da Beatriz ao mundo. Foi responsável pela minha mudança como mulher e ativista,
Hoje eu amo minha cicatriz, honro minha marca. Mas isso é bem recente.
Há poucos dias eu participei de um encontro de mulheres, uma chanupa, que é um ritual indígena bem simples, cuja ação principal é o compartilhar experiências, saberes, sentimentos. Cada mulher tem sua vez para falar e embora a gente fique matutando o que dizer enquanto a outra fala, na nossa vez é o coração quem manda.
E como não podia ser diferente, quando minha vez chegou eu despejei minhas angústias e todo meu sentimento vivido até aquele momento.
A frustração por ter tido que interromper um trabalho lindo pela falta de honestidade dos outros e ingenuidade nossa; o pedido de atenção escancarado na pneumonia da Beatriz e um internamento com direito à antibiótico na veia; a baita falta de respeito pela nossa família e nossas crenças e uma denúncia ao conselho tutelar por falta de cuidado infantil; o consequente rompimento com uma parte da família; e claro, a explosão de hormônios do início de gestação que, embora tenha sido muito querida e festejada, aconteceu num momento de turbilhão em nossa vida.

Bem, e junto de tudo isso, um medo absurdo de uma ruptura uterina. Não tem explicação tamanho medo que eu estava sentindo, era algo forte que não me saía da cabeça ao mesmo tempo que eu me sentia forte e confiante para meu parto. Um misto de sensações que me deixou muito assustada.

Voltei a frequentar as aulas de yoga e preparação para o parto ativo, com a maravilhosa doula Talia, e com ela, por me sentir bem à vontade, pude abrir meu coração. Foi ótimo. Numa das aulas eu estava sozinha com ela e ela pode me dar toda atenção e fazer tudo pensando no que eu havia falado. Me marcou muito quando ela disse "olha pra tua cicatriz e vê uma marca, uma característica do teu útero. Essa é a marca da tua história. Ela não é um problema. É uma característica e faz parte de ti!" Bateu fundo no meu coração e me tranquilizou. Pensei nessas palavras por muito dias, até a chanupa, quando o entendimento chegou.

Depois de ter falado e ouvido muitas história de mulheres guerreiras, ouvi novamente sobre as marcas do corpo. A Zankara, que comandou o encontro, falou das marcas do seu corpo ao seu segundo marido. Disse a ele que aquelas marcas eram ela, eram resultado de uma vida de entrega, da amamentação de três filhos, e disse que se ele a quisesse seria daquela maneira.

O sagrado de nosso corpo está em quem nós somos em essência, e não em nosso corpo físico.

Logo depois, a Ana, coordenadora do espaço que ofereceu o encontro, leu um trecho do livro "Mulheres que correm com os lobos", de Clarissa Pinkola Estés, que falava sobre as formas dos corpos das mulheres, o quão sedutores poderiam ser as ancas carnudas, o quão sagrado são os peitos de quem amamenta, o quão confortantes poderiam ser as varizes de uma perna cheia.

Nesse momento eu já estava chorando há muito tempo, pois várias compreensões vieram ao meu coração. Eu pude nomear meu medo e oferecê-lo ao fogo para que curasse minhas dores e minhas angústias (no início do encontro foi pedido para que escrevêssemos num papel tudo aquilo que queríamos manda embora e eu, obviamente, escrevi que era o medo de uma nova cesárea).

Entendi finalmente que meu medo não era de uma ruptura uterina, até porquê as cifras mostram a baixíssima chance disso acontecer e eu conheço vários casos bem felizes de partos normais após cesáreas. No fundo eu não conseguia aceitar esta cesárea que já é minha, a minha cicatriz. Eu não a via como algo meu, era algo que simbolizava que deu errado, que me oferecia perigo, que estava contra mim, que era um problema e podia me prejudicar.
Naquele momento senti uma enorme gratidão e senti um acalento muito grande, pois pude ter a chance de passar a honrar minha marca, de vê-la como parte de mim.

O medo simplesmente se desfez com o fogo.

Confio em meu corpo. Sei que ele é perfeito. Sei do poder que tenho, sei da força do meu feminino.
Irei parir meu filho!

Eu, daqui 6 meses, em casa!

Vivendo num mundo virtual!

Depois de ter escrito um breve texto sobre a alimentação saudável da nossa família e a realidade que criamos para nós, chegou até mim o documentário abaixo, chamado "Criança, a alma do negócio." 


Interpretar o título já é por si só desesperador, quando percebemos que as crianças estão sendo usadas para gerar lucro, nem a menor preocupação com sua dignidade e sua condição de criança.
O consumismo desenfreado que assola a sociedade, das classes mais privilegiadas financeiramente àquelas que lutam para conseguir o pão nosso de cada dia, o consumo exacerbado assim como os produtos industrializados chegam às mesas das famílias como algo natural, em detrimento inclusive da berinjela, do chuchu, da manga e do mamão, que, como bem mostra o documentário, muitas crianças sequer conhecem.
Uma fala que me chamou muito a atenção pela verdade que contém é quando o professor do Instituto de Psicologia da USP, Yves de la Taille, fala que "as bonecas de hoje deveriam ter outro nome porque a boneca de antigamente era um trabalho de maternagem, a menina era mãe da boneca, cuidava como se fosse um filho, um bebê. Hoje em dia muitas das bonecas são projeção; você não é a mãe da Barbie, [você quer ser a Barbie."
Ele fala ainda que quando você proporciona à criança apenas uma vida irreal, fantasiosa e virtual, você não permite que a criança amadureça, pois a insere muito precocemente num ritmo adulto ao qual a criança ainda não tem estrutura para suportar.

Enquanto eu assistia ao documentário, me vieram em mente vários textos do curso de Pedagogia Waldorf, outros videos tão bons quanto este, e também algumas reflexões, como por exemplo a necessidade que alguns pais têm de deixar um bebê de um ano e meio parado em frente à televisão ou computador para ter alguns minutos de sossego.
Um dos textos que lembrei chama-se "Corrompendo o modo de brincar das crianças" de David Elkind. A leitura fala basicamente o quanto nós, adultos, estamos interferindo nas brincadeiras infantis, impedimento que as crianças desenvolvam suas próprias potencialidades e descubram o mundo através da descoberta do brincar. David fala em "assumir o controle e alterar a cultura lúdica da infância". "Brincar é o portal da criança para o conhecimento de si mesma e do mundo. Ao reinventar a experiência brincando, ela dá significado e valor à confusão estonteante da vida."A criança descobre seus potenciais e capacidades humanas ao imitar os adultos em seus afazeres. As reinvenções ampliam sua compreensão da realidade pessoal e social. 
Agora me diz, o que estamos proporcionando às crianças quando a deixamos paradas, vidradas na tela de um computador ou televisão? Estamos apenas mostrando um mundo de fantasias construídos por adultos e que, portanto, não tem significado para ela, além de estarmos produzindo a atrofia de músculos oculares que só completam seu desenvolvimento por volta dos nove anos de idade. O movimento é um impulso da criança para se desenvolver em todos os aspectos, físicos, neurológicos, emocionais e espirituais. mantê-la parada é atrasar e impedi-la de crescer com saúde.

Lembrei também de um trecho do livro "Minha querida boneca" de Karin Evelyn Scheven, com a qual tive a honra de participar de um curso de bonecas Waldorf. Ela fala do significado do consumo para uma criança. O que ensinamos à criança quando a estimulamos ou permitimos o desejo de consumo na infância? A criança passa a entender que para ser Humano é preciso consumir. Para ser aceito e afirmado como Humano é preciso ter bens. Ela fala também que as gerações passadas faziam o possível para encaminhar a geração seguinte tão preparada quanto fosse possível para a vida. Hoje, os pais confundem seus filhos e o lançam ao mundo precocemente e com um despreparo tamanho que as consequências estão sendo sentidas em todos os cantos e em muitas situações. O ser humano já não se pergunta mais "o que é ser humano".

Refletindo também sobre o conteúdo das propagandas infantis, das séries de TV, das músicas dos DVDs, pensem o quanto as crianças estão sendo levadas a um mundo de violência, de competição, de futilidades, de inverdades, um mundo superficial, sem afeto, sem contato. 
Aliás, falando em contato lembrei de um fato recente que não tem necessariamente a ver com o que estou escrevendo, mas acho que vale a pena compartilhar.
Estou acompanhando uma gestante muito querida e como é de praxe a família toda participa dos encontros, eu, Raul e Beatriz. Num encontro, após um momento relaxante de visualização do parto, fiz um simples escalda-pés com direito à massagem com óleos essenciais. Enquanto eu fazia carinho nos pés da gestante, a Beatriz, que já estava sem sandálias deste a entrada na casa, pedia massagem erguendo os pézinhos em minha direção. Mas ela não queria qualquer massagem. Tinha que ser com o óleo bem cheiroso. Peguei seus pés, um de cada vez, e comecei a massagear usando o óleo. A expressão de satisfação dela foi enorme. Permiti que ela participasse daquele momento tão bonito, inclusive com um mini escalda-pés para ela.
Bom, sem tanta conexão com o assunto de hoje, mas fiquei pensando no quanto as famílias de hoje colocam para escanteio as crianças de qualquer atividade, seja ela simples ou não. Quando limpo a casa deixo a Beatriz brincar com os panos, varrer, brincar com água, me ajudar. É essa brincadeira dela que um dia irá se tornar a compreensão de mais um papel que desempenhamos na vida em sociedade. O Raul quando faz brinquedos ou quando faz um móvel, deixa para Bea uma lixa e uma madeirinha para que ela também aprenda brincando. Hoje uma das cenas que mais vejo com crianças é o desamor (sim, desamor!, falta de cuidado e carinho!), adultos soltando palmadas ao mesmos tempo que dizem "não bata em seu amigo, não pode!". Ou saia daqui, estou arrumando a casa!" "Pare de chorar seu chato! Me deixe em paz!"
Triste. Real. Corriqueiro.

Hoje é tão comum vermos crianças viverem um mundo completamente irreal e sem significado. Crianças que não conhecem a natureza, seus sabores, suas texturas, seus cheiros. Crianças que nunca colocaram os pés na lama, que nunca brincaram na chuva, que nunca subiram em árvores! O pior é que elas estão acreditando que isso de fato não é legal, que é mais interessante jogar video game ou mexer no tablet. Elas nem sequer tem parâmetro para escolher pois as únicas coisa que são oferecidas são as coisas sem vida, sem expressão, sem sentido. Como conhecer o formato e o sabor de uma berinjela se só é oferecido lasanha congelada e nuggets? Como brincar de boneca se só são oferecidas Barbies sem o menor padrão humano? Como querer um mundo melhor se o nosso futuro está sendo corrompido pelos adultos? 
Se queremos realmente mudar alguma coisa devemos oferecer aos nossos filhos o que há de mais puro e belo no mundo! Somos nós que construímos esse mundo! Se ensinarmos as crianças que o mundo é bom, ela expandirá essa verdade e transformará o seu mundo. Se só mostrarmos o mundo de destruição de valores e riquezas naturais, ela nunca irá acreditar num mundo de paz e amor! E não é só uma questão de esperança. É uma questão de ser ativo e fazer acontecer. É levantar as armas da paz para melhorar e trazer harmonia.

Acho que a primeira tarefa que temos ao nos tornarmos mãe e pais, é buscarmos o despertar de nossa consciência, uma forma coerente e eficaz de auto-educação. A segunda, é estudarmos sobre a verdadeira infância, entendermos as etapas de desenvolvimento, e não aquelas disponíveis no BabyCenter, mas sim aqueles que falam sobre quando o cérebro do seu filho está pronto para isso ou aquilo, sobre o sono do bebê, sobre a amentação e sobre os leites artificiais, sobre os porquês de não alfabetizar precocemente, sobre os malefícios da tecnologia, enfim, conhecimento
Ser mãe e pai é entregar-se a uma jornada árdua de  mistérios e surpresas, de sorrisos, de descobertas e de muito, mas muito AMOR.

"Toda criança merece uma infância feliz!"

Deixo aqui um link de um texto excelente sobre os malefícios da tecnologia, principalmente a televisão. http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/efeitos-negativos-meios.html

Corajoso é quem vive com o coração!


A palavra coragem é muito interessante. Ela vem da raiz latina cor, que significa "coração". Portanto, ser corajoso significa viver com o coração. E os fracos, somente os fracos, vivem com a cabeça; receosos, eles criam em torno deles uma segurança baseada na lógica. Com medo, fecham todas as janelas e portas – com teologia, conceitos, palavras, teorias – e do lado de dentro dessas portas e janelas, eles se escondem.

O caminho do coração é o caminho da coragem. É viver na insegurança, é viver no amor e confiar, é enfrentar o desconhecido. É deixar o passado para trás e deixar o futuro ser. Coragem é seguir trilhas perigosas. A vida é perigosa. E só os covardes podem evitar o perigo – mas aí já estão mortos. A pessoa que está viva, realmente viva, sempre enfrentará o desconhecido. O perigo está presente, mas ela assumirá o risco. O coração está sempre pronto para enfrentar riscos; o coração é um jogador. A cabeça é um homem de negócios. Ela sempre calcula – ela é astuta. O coração nunca calcula nada.


Osho

Localização - Aescher Hotel em Appenzellerland, Suíça.
Fotografia - Peter Boehi


Recebi esta mensagem no Facebook e durante toda leitura pensei em PARTO.. pensei na entrega de uma mulher para parir.. pensei na pulsação do coração vibrando para trazer seu filho ao mundo enquanto o cérebro está descansando.. pensei no quanto é empoderador sentir-se livre para parir e fazer as próprias escolhas, escolhas do coração, não da lógica cerebral.. pensei na oportunidade do bebê ao nascer em seu tempo e o milagre de viver o amor e o respeito em sua máxima plenitude.. pensei na natureza selvagem do poder der Ser Mulher.. pensei na força e no sagrado feminino presente em cada mulher que só está à espera de um sopro de liberdade para fazer uivar a loba dentro de si.. pensei na transformação do templo do corpo ao fazer crescer o útero, ao alimentar um Ser de Luz, ao produzir todo coquetel hormonal que se é preciso para parir e nascer, ao projetar tempo e força para o nascimento, ao fazer jorrar o néctar da Mãe.. pensei naquele olhar de Mãe e Filho, olhar de cumplicidade e verdade, olhar de entrega e veneração, olhar de amor e paixão, olhar sincero do coração! 

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Alimentação saudável: A realidade quem cria sou Eu!

Fonte: Google Images

Desde que a Beatriz começou a comer, sempre fui questionada do porquê não dou açúcar, refrigerante, bolachas e afins. Minha resposta era simples, porque ela é um bebê!
Agora é difícil falar isso porque definitivamente ela já é uma criancinha, que sabe bem as coisas que quer, já tem vontade própria, fica magoada quando contrariada e faz piti.
Mas continuo não dando porcarias para ela. Por quê?
Porque ela é uma criança.
Ela está aprendendo a conhecer os sabores, as texturas, os cheiros.
Ela está se conectando com a Terra de uma forma sagrada, comendo Seus frutos e flores, Seus legumes e raízes, toda Sua riqueza. Pra quê estragar os sabores naturais com açúcar, artificiais, industrializados, coisas sem energia? Não, obrigada.
"É essencial considerar o alimento não apenas um meio de nutrição material, mas de integração com o universo de que fazemos parte"
É comum oferecerem a ela salgadinho, cheios de sal, emulsificantes, corantes e aromas artificiais; balas e doces. Ela troca facilmente pelo grão de bico, sementes de girassol, uvas passas, frutas.
Seu hábito alimentar saudável está sendo formado agora, durante a 1ª infância e especialmente durante os dois primeiros anos. A amamentação exclusiva até os 6 meses e prolongada até os 2 anos ou mais, e alimentos naturais, CONSTRÓEM O CORPO DA CRIANÇA, assim como as porcarias oferecidas à ela.
Hoje, mais que nunca, existem milhões de adultos sofrendo de obesidade, com problemas sérios de saúde. Hoje, mais que nunca, existem milhões de crianças sofrendo de obesidade, com problemas sérios de saúde. Absurdo. Crianças obesas por falta de cuidado. Crianças com diabetes adquirida. Crianças com distúrbios alimentares.

E não basta simplesmente não oferecer à criança esses alimentos sem vida e cheios de porcarias. Os hábitos de toda a família devem ser coerentes ao que se propõe a criança. Aqui em casa nós comemos tudo que oferecemos à Beatriz, dos cereais aos legumes, das frutas às sementes, raízes e folhas. Quando queremos "alimentar nosso vício" o fazemos num horário em que ela já esteja dormindo, ou, melhor ainda, substituímos a porcaria viciante por algo saudável que ela também possa compartilhar com a gente. É o famoso exemplo, que aliás, serve pra tudo e todas as circunstâncias. Não serei hipócrita e dizer que nunca deixei ela experimentar um brigadeiro ou um pedacinho de chocolate, mas experimentar é bem diferente de um hábito de comer doces sem restrição.

Ainda tenho que ouvir que estou criando uma criança fora da realidade. Sinceramente, a realidade da minha filha quem cria sou Eu! Quero um mundo bom e saudável pra ela. E sou Eu quem constrói isso. Não espero que os outros o façam. Se você quer um mundo melhor, levante e vá a luta. Levanta as armas da Paz e lute por um mundo melhor!

“Enquanto a sociedade feliz não chega, que haja pelo menos 
fragmentos de futuro em que a alegria é servida como sacramento, para que as crianças aprendam que o mundo pode ser diferente.” 
Rubem Alves

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Compartilhando: "Mitos do Parto Normal Após Cesárea"

Parto Normal Após Cesárea - PNAP (em inglês VBAC)




O Brasil tem sido o campeão mundial de cesáreas há alguns anos, mas nossas taxas de mortalidade continuam alarmantes. Os países com menores taxas de cesárea são os que apresentam menor taxa de mortalidade materna e neonatal. Com os hospitais e médicos da rede privada brasileira ostentando taxas de 80 a 90% de cesáreas, é natural que cada vez mais mulheres tenham passado por essa cirurgia e estejam se perguntando: 

Depois de uma cesárea, posso ter um parto normal?

A resposta é SIM. Como regra o parto normal sempre é mais seguro que a cesariana, uma cirurgia que têm suas complicações já conhecidas. (Veja artigo sobre riscos da cesárea). Existe risco de complicação de aproximadamente 0,6 % a cada vez que uma mulher é operada. De modo geral, a cesárea tem 4 vezes mais risco de morte materna e 10 vezes mais risco de morte neonatal. Essa taxa se repete no mundo todo, independente das condições tecnológicas em que são feitas as cesáreas.

No caso do parto normal após cesárea (PNAC), o principal risco é o de ruptura uterina. A taxa de ruptura uterina nos PNAC é de 0,5%. Caso ocorra uma ruptura, a mulher deve ser imediatamente operada para que o bebê seja retirado e a abertura seja fechada. No entanto deve-se lembrar que a ruptura uterina também ocorre em mulheres que nunca engravidaram ou foram operadas, bem como antes do início do trabalho de parto.

A questão primordial é: não existe parto sem risco, não existe nada na vida sem risco. Viver tem sua taxa de risco, mas deixar de viver não é uma opção. Quando uma mulher (ou um médico) opta pela cesárea para evitar a ruptura, ela não está eliminando o risco. Ela está trocando uma taxa por outra.

Quem então deve escolher se vai ter um parto normal ou cesárea?

Obviamente é a mulher, pois ela é quem deverá assumir as consequências de sua escolha. O médico será seu parceiro nessa escolha. É quem vai estar atento caso seja necessária uma intervenção, nos raros casos em que isso aconteça.

Porque então os médicos dizem que depois de cesárea é arriscado um parto normal?

Duas razões principais: a primeira é que obstetras são cirurgiões. Bons cirurgiões. Não são necessariamente bons parteiros e a maioria deles tem o olhar treinado para a anormalidade e não para a normalidade em suas mais variadas formas. A segunda é que a maioria dos médicos privados no Brasil prefere o parto cirúrgico de qualquer forma, tanto no primeiro parto, com nos seguintes, a qualquer idade ou situação de saúde. Isso é facilmente constatado pelas pesquisas recentes e pelas atuais taxas de cesárea. A questão médica normalmente acaba sendo: como justificar a escolha da cesárea? E se uma mulher já tem uma cesárea prévia, então já há uma justificativa pronta.

Então como faço se quiser ter um parto normal?

A mulher que quer ter um parto normal depois de cesárea na rede privada deve encontrar um médico que dê preferência ao parto normal sempre (não só no discurso como na prática, obviamente). (Entre em contato com o site Amigas do Parto para obter indicações). Na rede pública isso não é mais um problema, pois a maioria já adota a regra de tentar o parto normal antes de qualquer medida. O problema maior na rede pública é o abuso no uso do "soro", ou seja, o hormônio sintético ocitocina, como será discutido abaixo.

Toda mulher que teve cesárea pode ter um parto normal?

A imensa maioria pode, pois no Brasil a maioria das mulheres estão passando pela cesárea sem indicações claras e precisas. Geralmente a justificativa é "falta de dilatação", "passou da hora", "cordão enrolado no pescoço", todos esses argumentos bastante discutíveis. É apenas uma minoria que foi operada por ter problemas reais na bacia ou outra justificativa séria. Alguns fatores devem ser observados, no entanto. Se a operação foi feita com aquele corte baixo, na linha do biquini, então os riscos são de fato muito baixos. A operação feita de cima a baixo, o corte vertical, a princício traz um aumento do risco de ruptura. O outro ponto é o número de cesáreas prévias. Como em cada cirurgia o útero é cortado em um local diferente, quanto mais cirurgias, mais cicatrizes uterinas. No entanto a literatura cita com alguma frequência os partos normais depois de duas, três e até quatro cesáreas. No serviço público essas histórias são mais comuns, pois as mulheres já chegam no período expulsivo e não dá mais tempo de operar, mesmo que os médicos achem indicado.

Se eu quero um Parto Normal após Cesárea, o que devo evitar?

O mais importante é evitar o uso dos indutores e aceleradores de parto prostaglandina e misoprostol (citotec), que aumentam muito a força das contrações e portanto fazem aumentar o risco de ruptura. A ocitocina também deve ser evitada pois, embora seja menos prejudicial que os dois primeiros medicamentos, também aumenta a força das contrações uterinas.

É verdade que o Parto Normal após Cesárea só pode ser feito com fórceps?

Não, essa informação está totalmente equivocada. Muitos médicos dizem isso, e sabem que diante dessa ameaça a maioria das mulheres opta por uma cesárea eletiva. A verdade é que o uso do fórceps só deve ocorrer em caso de sofrimento fetal agudo. É um evento muito raro. Muito mais eficiente do que o uso do fórceps é permitir que a mulher fique semi-sentada, com o corpo o mais ereto possível, de preferência de cócoras, para ter força de expulsão. Infelizmente o fórceps tem sido muito mais utilizado por causa da ansiedade da equipe do que pela necessidade real.

Eu posso tomar anestesia em um Parto Normal após Cesárea?

A princípio pode, mas como em qualquer parto, deve ser usada em casos restritos, pois ela pode induzir o aparecimento de efeitos indesejáveis como a perda da força de expulsão, a desaceleração do trabalho de parto, a queda da pressão arterial e outros efeitos também sobre o bebê. No caso de se optar pela analgesia, ela deve ser a mais fraca possível (como em outros casos). Primeiro para afetar o menos possível o risco de desaceleração do parto e assim não haver necessidade de se usar ocitocina para correção do ritmo das contrações. Em segundo lugar, caso ocorra um raro evento de ruptura, a mulher poderá dizer que algo aconteceu.

Se eu sofrer uma ruptura uterina, como saberei?

Nas raríssimas vezes em que ocorre uma ruptura, a mulher percebe que algo está acontecendo. O primeiro sinal é que a dor aumenta muito e de repente. O segundo sinal é que entre as contrações a dor não diminui. O terceiro é uma dor nos ombros, perto do pescoço. Nesse caso a equipe deverá estar atenta e efetuar a cirurgia. Convém lembrar que esses são os sinais para qualquer ruptura uterina, em mães com primeira gestação, mulheres que não tiveram cesárea anterior, etc.

Como faço para entrar em contato com outras mulheres que tiveram PNAC?

No site Amigas do Parto tem uma seção de depoimentos só de PNAC. Cada depoimento tem o e-mail da autora para você entrar em contato, se quiser. (www.amigasdoparto.com.br/depoimen.html#vbac)


Ana Cris Duarte


Amigas do Parto
Fonte: http://www.amigasdoparto.com.br/pnac.html