sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Inteligência emocional

Nunca tinha prestado atenção neste termo. Mas esta semana uma grande amiga se referiu a minha atitude silenciosa diante de pessoas fechadas a discussão sobre maternidade consciente como Inteligência Emocional. No mesmo instante eu tive um clik: “faz todo sentido, é isso mesmo”.

Até então eu chamava de covardia mesmo. Fico incomodada com o fato de ter que me explicar e justificar as escolhas feitas em minha vida, principalmente àquelas relacionadas com minha filha. É desgastante e absolutamente desnecessário, mas quem “segue o fluxo” tem mania de fazer cobranças descabidas. Mas eu me sentia covarde muitas vezes. Quando eu percebo interesse das pessoas em me ouvir, em compreender minhas decisões, em dialogar, aí sim eu me empolgo e falo tudo que sei a respeito. Mas quando a atitude da pessoa é de pura ignorância, leia-se aqui falta de vontade em aprender, aí infelizmente ainda não tenho fôlego para falar. Até porque sei que no meu círculo eu seria enxovalhada de pedras cortantes e pontiagudas. Ser chamada de bicho-grilo é um tenro elogio.

Ainda estou vivendo meu pós-parto (sim, 6 meses ainda é pós-parto), e o cansaço causado pelas argumentações em vão prejudicam meu emocional. Por isso aprendi que, por enquanto, só abro a boca quando sei que haverá uma conversa, onde ambos os lados estão abertos a ouvir e refletir, onde verdades não são irrevogáveis. Em compensação, quando sinto que posso falar, saio da prosa realizada, feliz, entusiasmada com a certeza de que o mundo vai mudar com pessoas mais conscientes.

É a tal inteligência emocional. É controlar as emoções em benefício próprio e dos demais. Porque vamos combinar, se todas às vezes em que sou criticada por minhas decisões que são pensadas, estudadas, refletidas, eu falar tudo o que penso, como se diz, “o circo vai pegar fogo”.  Com certeza alguém sairá ferido, e não tenho dúvidas de que serei eu. Culpa da minha demasiada bondade.

Bem, dizer que eu controlo minhas emoções é uma inverdade das boas, até porque acho muito difícil que alguém consiga fazer isso com eficácia, o que atrapalharia todo o fluxo natural do instinto humano, mas saber a hora certa de falar e a hora pra manter o silêncio é um exercício de autoconsciência tremendo. É buscar usar nossas emoções de forma a produzirem reações favoráveis. Isso melhora a vida de qualquer um que exercite este auto-conhecimento.

Por enquanto "deixe que falem", "entra por um e sai pelo outro" e saio de perto. Agora, não tenha dúvidas de que quando meu estado psico-bio-social do pós-parto se acalmar, a ativista que vive em mim acenderá as tochas da revolução e pronunciará tudo aquilo que ficou entalado durante o tempo em silêncio. E eu sinto que este momento tá chegando.
Nada agressivo, mas me sentirei no direito de também expor minhas opiniões.


Eu não saio por aí palpitando na vida de ninguém. Por que raios as pessoas acham que podem falar o que bem entendem e ainda se sentem no direito de achar ruim e ficam bravas quando são contrariadas por aqueles que ofenderam??? 
Ahhh, me desculpa, mas isso tá com os dias contados.

Fonte: Google Images

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