terça-feira, 19 de abril de 2011

O instinto é não deixar chorar!

Uma prática comum nas famílias atuais é deixar um bebê chorar incansavelmente para que ele não fique mimado. Porém, estudos mostram que até aproximadamente os 6 meses de vida, os bebês não tem capacidade para se auto-acalmar. Os bebês precisam ser ensinados e encorajados a lidar com o choro, com a sensação de desconforto, frustração. Isso só é possível quando um adulto, geralmente os pais, acolhe este bebê, acalmando-o e fazendo-o se sentir seguro. Isso mostra ao bebê que ele está sendo cuidado, e que nunca ficará sozinho e desamparado. Falar num tom suave e gentil, abraçá-lo, embalá-lo e tranquilizá-lo, transmite sensações positivas e gratificantes que são gravadas na memória definitiva do bebê. Quando se deixa um bebê chorar por um longo tempo, o cérebro desencadeia uma série de reações e conexões negativas que também são gravadas na memória definitiva deste bebê. Consequentemente, os bebês que são deixados a chorar têm mais dificuldade para se acalmar, confortar, choram muito e mais compulsivamente, e ainda registram uma sensação de abandono. Estes bebês tornam-se crianças mais amedrontadas, menos afetuosas, com dificuldades de relacionamento, aprendizado, adulto-dependentes. 

Ao contrário, quando se atende e conforta um bebê logo que ele chama, sentimentos positivos, como amor, proteção, segurança e satisfação, produzem sensações agradáveis que desencadeiam um desenvolvimento mais integral e saudável, o que fornece à criança informações importantes de afetividade, encorajando-a e fazendo-a sentir-se confiante e amparada, além de contribuir para a construção da autonomia. Esta criança será, portanto, mais calma, concentrada, terá facilidade de partilhar, de fazer amigos e se relacionar. Saberá respeitar mais prontamente aos limites e passará aos outros a mesma confiança e afeto recebidos. Quanta diferença, não?! Nós, mães, temos o instinto de proteger, acalmar e atender nossos bebês a qualquer hora, mas precisamos deixar essa naturalidade agir, sem deixar as influências externas ditarem nossas ações. Nós sabemos o que fazer! Somos mães, mulheres, e devemos confiar em nós mesmas!    



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