quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Declínio

Em seu Sagrado Feminino a mulher está com a alma exposta. E não há barreira de proteção. Tudo que vem bate de frente com ela. Uma força vulnerável. Conflito. Seu sagrado feminino pede intimidade. A sociedade impõe controle. Superficial. Aí então ela perde o domínio de si, ela desencontra a própria essência, e busca dominar os processos do corpo. Ela busca apoio. Solidão. Lhe oferecem uma bomba hormonal para conter o sangramento e seus significados. Abandono. Ela então engravida e tem episódios de retorno à sua essência feminina, mas o desconhecimento de si própria a faz achar que é tudo anormal. Indefesa. A vida agitada e as preocupações se valem mais que a vida em geração. A fazem acreditar que o corpo não dá conta  e marca logo uma cirurgia para evitar que ela se conheça e deixe de alienar-se aos comandos alheios. Imperfeição. A vida brota do seu corpo sem seu entendimento. Razão. E ao oferecer o peito lhe falam que o leite é impróprio para consumo. Defeito. O bebê clama por calor, mas lhe dizem que o colo mal acostuma. Distância. A criança cresce e pelo fato de ser criança a cercam de limites. O limite chega junto com o medo e as palmadas são o comando da vez. 
E a sociedade aplaude. E o artificial toma conta. O sintético assume. O natural esvai-se. O perfeito se quebra. A vida se vai. E a sociedade sobrevive. O pleno se acaba. O sublime inexiste. O mundo cai. A natureza se abala, defronta e confronta. A humanidade se cala, se arma, se acaba. E assim o mundo vai...
... embora.
... vazio.
... fim. 

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