sexta-feira, 13 de maio de 2011

Vínculo pai-mãe-bebê: a importância dos sons e do toque

Olá pessoal! Hoje decidi contar à vocês um pouco do que acontece comigo, com a Beatriz e com Raul nesses últimos meses de barrigão! São situações que me fazem sentir cada dia mais mãe e me permitem entender um pouquinho do grande milagre que é gerar uma vida. Junto com cada pequena história pretendo escrever um parágrafo sobre a importância da formação do vínculo entre pai, mãe e bebê e ainda contribuir para a construção de uma consciência acerca da gestação e maternidade. Então vamos lá!  Minha primeira história mistura um acontecimento bem recente com situações que ocorrem diariamente.
Hoje, quando o Raul chegou em casa depois de dois dias de viagem, a Beatriz, que estava quietinha, se mexendo pouquinho, teve uma explosão de movimentos quando ouviu a voz do papai. Foi instantâneo. Lindo! Ela o reconheceu rapidamente e respondeu prontamente a fala dele. Isso me fez lembrar das muitas vezes em que a Beatriz fica em posições um pouco desconfortáveis para mim. Sempre que isso acontece, eu acaricio minha barriga e peço para que ela mude de posição. Ela me atende na hora! Entende exatamente o que falo. E ela já tem suas preferências musicais também. Quando coloco Adriana Partimpim para ela ouvir, ela faz movimento leves ou fica quietinha, mas quando o som é da Palavra Cantada ela remexe toda. Adora a canção “Sopa”, assim como eu, que mesmo depois de horas fico cantando “o que quê tem na sopa do neném?”.   E ainda tem gente que diz que o bebê só reconhece o pai depois do nascimento. E que “falar com a barriga” não tem efeito nenhum.  Que nada! Esses pequeninos sabem exatamente quem nós somos e o quanto os amamos. Por isso é tão importante criar esse vínculo de amor, confiança e proteção desde a barriga. Ouvir a opinião dos nossos bebês ainda na barriga também é muito importante. A Beatriz fez muita festa quando conhecemos a doula Inês e a enfermeira obstetra Adelita. Só com a voz das meninas ela já se identificou. Foi como se falasse ”gostei delas mãe!” Eu confiei na “decisão” dela. Outra voz que ela reconhece e gosta bastante é a da Talia, minha instrutora de yoga e parto ativo (na verdade ela é muito mais que isso!). Basta chegarmos na Aobà que a voz doce da Tali encanta os ouvidinhos da Beatriz. É impressionante! 
Ao longo da gestação, cantar e conversar com o bebê, falar sobre os sentimentos, conquistas e até preocupações, permite a familiarização da voz materna e paterna (e de outras pessoas também) e sensibiliza o bebê para os sons e emoções. Depois de nascer, o bebê é capaz de reconhecer as vozes e sons ouvidos no período em que estava na barriga, e isso o deixa mais confortável e seguro em seu novo ambiente.
O toque também deve estar sempre presente na comunicação e interação entre os pais e o bebê. Na gestação, acariciar a barriga e massageá-la, com a consciência de que o bebê lá dentro está sentindo cada gesto e percebendo a intenção de entrar em contato com ele, fornece ao bebê a sensação de carinho, acolhimento e amor. Mesmo dentro da barriga o bebê reage ao toque, dando significado a ele. Após o nascimento, o toque, por meio do abraço, do carinho, do beijo e da massagem, tem grande poder de fortalecer o vínculo com o bebê.
Aliás, massagear o bebê pode contribuir com o sono, com o ganho de peso, deixando-o mais ativo e alerta e consequentemente mais consciente sobre o mundo que o rodeia.
Incrível né?! Nossos bebezinhos entendem tudo o que acontece aqui fora e ainda são capazes de responder a cada carinho, seja durante uma conversa, música ou através do toque. Muito espertos! Então, vamos estimulá-los! Até a próxima história.
Ah, só mais uma coisinha! Exatamente ao final da minha redação, o Raul chegou em casa, de moto, voltando da faculdade. E mais uma vez nossa Beatriz reconheceu o barulhinho inconfundível da Ténéré e começou a se mexer depois de uma hora de silêncio! É incrível mesmo! Fez festa quando ouviu que o papai estava chegando! Bonequinha :)


6 comentários:

  1. Niti, lindo seu blog, muito a sua carinha (e do Raul também).
    Seu blog transmite uma paz, um aconchego tão grande, que dá vontade de sentar e ficar a espera de uma nova postagem!
    Gostaria de parabanizá-los, pois, encarar a vida dessa maneira são para poucos, e vocês dois (logo três) tem o dom!
    Não sou mãe, e penso seriamente nesse caso, mas é algo que não vem ao caso agora...

    Ler seu blog, transparece a incrível sensação de gerar, você descreve com tamanha realidade que transmite todos os bons fluidos em suas mensagens. Acompanho, e vou acompanhar, o blog até você encerrar a conta, pq é simplesmente fantástico e único ver alguém tão dedicada a ser mãe de verdade!

    Parabéns!

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  2. Oi Samy, obrigada pelas palavras:)

    Fico muito feliz que você tenha gostado do blog e que esteja acompanhando os posts!
    A ideia de escrever um blog falando sobre nossa experiência com a gestação da Beatriz é justamente para contar o quão natural é gerar uma criança, e que quando isso é feito com tal naturalidade, a coisa toda fica mais fácil, inclusive o parto. Ter consciência do que acontece com o corpo, com a mente, as necessidades da mãe, do pai e do bebê, torna o ato de cuidar dessa nova vida algo muito instintivo, sem as tamanhas dificuldades que a maioria das pessoas nos falam tão logo descobrem que estamos grávidos. O ser humano tem um defeito muito grande: achar que é diferente do resto dos animais. Nós somos absolutamente iguais. Aliás, somos piores quando se trata de racionalidade. Gerar e criar um filho de maneira racional é a pior coisa que fazemos para uma criança, pois as influências e os erros estão sempre presentes. Já quando criamos nossos filhos baseados no coração, no instintivo, no natural, não há erros, não há falhas. A natureza é perfeita! E ninguém melhor que a mãe para dizer o que é melhor para o seu filho. Claro que os palpites externos são inevitáveis e por isso é tão importante estar bem informado sobre as questões que envolvem nossos filhos. Precisamos aprender a filtrar tudo o que nos falam, o que lemos, e mais do que isso, precisamos confiar na maravilhosa capacidade que temos de saber tudo o que nossos pequeninos precisam. Precisamos aprender a ouvir nosso coração. Isso é ser instintivo. É algo orgânico. Que vem lá de dentro da alma. É um amor traduzido em "conhecimento" para proteção e sobrevivência dos nossos filhotes. É a natureza. E ela é perfeita.

    Bom, acho que não posso ter a oportunidade de falar sobre gerar um filho que eu já preparo um discurso=] É a empolgação de ser mãe!! E isso nunca acaba, pois cada dia é um novo começo, para tudo.

    Agora que terei mais tempo vou adicionar novas postagens com mais frequência. Espero que goste e aproveite minhas histórias. Quero compartilhar cada detalhe do que tenho aprendido com essa bonequinha que Deus me incumbiu de cuidar.

    Grande beijo e mais uma vez, obrigada:)

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  3. Oi Niti, Raul e Beatriz, é com muita energia concentrada e positiva que mando esta breve mensagem para essa família que eu aprendi a amar; depois de nosso último encontro fiquei algo que mais motivado ao trabalho duro [e suave] de divulgar a musicoterapia para gestantes e famílias grávidas - o método Bebê do Futuro.
    Elaborei uma fan page no facebook e já tá dando ritmo novo à lida: www.facebook.com/metodobebedofuturo

    Mantenhamo-nos em contato, que venha 2012...
    fer...

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  4. Adorei essa imagem do trio: pai-mãe-bebê... qual a fonte?

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    1. Olá Sylvana. A imagem é do google images e o link é http://veja.abril.com.br/blog/genetica/tag/homem/
      Beijos

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  5. Sou prof. do Raul, minha esposa está grávida e entrou no 8 mês gostei muito da postagem Vínculo pai-mãe-bebê: a importância dos sons e do toque.

    Parabéns.

    manda um abraço para o Raul.

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